Fenômeno de Raynaud

O que é Fenômeno de Raynaud?

O fenômeno de Raynaud (FRy) é um distúrbio vasomotor autolimitado e reversível episódico que se manifesta como alterações de cor bilateralmente nos dedos das mãos e dos pés e, às vezes, nas orelhas, nariz, língua e lábios. Ele é relativamente freqüente, acometendo em torno de 3,5 a 15% da população geral, sendo mais comum em mulheres, indivíduos jovens e entre membros da mesma família.

A idade média de início do FRy primário é de 14 anos de idade, e somente 27% dos casos se iniciam por volta dos 40 anos ou mais. Em contrapartida, o FRy secundário tende a iniciar-se na idade adulta. A freqüência e gravidade dos episódios são influenciadas por variações diárias de temperatura com nítida exacerbação durante o inverno.

Caracteriza-se por episódios reversíveis de vasoespasmos de extremidades, associados a palidez, seguido por cianose e rubor de mãos e pés, que ocorrem usualmente após estresse ou exposição ao frio. Geralmente, ocorre em mãos e pés e em casos mais graves pode também acometer o nariz, orelhas ou língua. As alterações de coloração são classicamente descritas em três fases sucessivas: palidez (fase isquêmica), cianose (causada por venoestase e desoxigenação) e rubor (hiperemia reativa/reperfusão). Dor e/ou parestesias podem também estar associadas aos ataques.

Pode ser classificado em FRy primário e secundário.

 

O FRy primário é um evento funcional benigno e não está associado a nenhuma doença ou condição subjacente. Já o FRy secundário pode estar associado a uma série de condições, principalmente a doenças reumáticas autoimunes.

Na esclerose sistêmica (ES), o FRy é a manifestação inicial mais freqüente. No FRy secundário às doenças do espectro da ES, complicações como lesões isquêmicas de extremidades são frequentes.

Nos últimos anos, avanços no estudo da fisiopatologia do FRy e da doença vascular na ES propiciaram o surgimento de opções terapêuticas bastante promissoras para essa manifestação.

Na prática clínica, é de extrema importância diferenciar os pacientes que apresentam FRy primário e secundário e predizer quais os pacientes com FRy que evoluirão para alguma outra doença, principalmente as doenças reumáticas autoimunes. Tal diferenciação é extremamente importante para a definição da gravidade, do prognóstico e do tratamento mais adequado. Nesse contexto, todos os pacientes devem ser submetidos a uma história clínica e exame físico minuciosos. Além disso, é recomendável a realização dos exames específicos para complementar a investigação diagnóstica, sendo o reumatologista o profissional mais adequado para essa avaliação e seguimento.

Profissional Responsável

REUMATOLOGISTA

Dra. Mônica Duarte

CRM SP 102768
RQE - 59848

Sou médica formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), especialista em Reumatologia com Residência Médica na área pelo HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO e com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.

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